O Bitcoin neste exato momento, às 13:00h, de 14 de junho de 2018, está brigando nos US $6.300 a US $6.450. Força vendedora forte e com sangue nos olhos pra jogar o BTC lá em US $6.000, quem sabe testar os US $5.400. Caso o mercado não proteja os US $5.000 podemos ver o BTC a curto prazo em US $3.800 a US $3.000.
Agora eu te pergunto: estamos numa fase de oportunidade ou de Mico?
Tudo depende do ponto de vista. Independente se você é um investidor de curto prazo, ou longo prazo abaixo temos algumas perspectivas e análises sobre o mercado a longo prazo. Leia com atenção.
Para podermos fazer essa análise sob uma ótica mais racional vamos avaliar juntos vários pontos que acredito serem importantes para a nossa análise do ativo.
Valor do Bitcoin e Volume Diário Negociado entre 2017-2018 – Fonte: coinmarketcap
Observando o gráfico acima vemos que passamos de um valor de US $1.000 em janeiro de 2017 e um volume de US $85 milhões diários em média para um pouco acima de US $20.000 em 17 de dezembro de 2017, com um volume diário de US $14 bilhões para finalmente hoje estarmos com o preço variando entre US $6.000 e US $9.000 com um volume no dia 12/06/2018 em US $4 bilhões. Ou seja, para os investimentos de longo prazo estamos com um aumento significativo tanto de valor (670%), quanto de volume (3.470%) com referência a janeiro de 2017. Um crescimento bem sólido.
Ok, o preço em relação ao de janeiro de 2017 está quase 700% maior, mas caiu muito em relação ao ATH (All Time High – Valor Máximo do Ativo) de US $20.000, mas e aí essa queda vai até onde? Isso não tem como responder, afinal não temos bola de cristal, o que podemos avaliar são comportamentos passados e indicadores importantes, tais como:
Muitos analistas do mercado de criptmoedas consideram o custo do valor da mineração como um importante índice para definir um piso do preço. Tom Lee, da Fundstrat, sugeriu um indicador chamado de Price / Miner’s Breakeven Cost, ou P/BE (Preço / Custo de Mineração), hoje o custo de se minerar um Bitcoin gira em torno de US $6.000 o que realmente está funcionando como um piso do preço nos últimos dias.
Outro indicador importante é quanto que a rede do Bitcoin está recebendo de novos investimentos dos mineradores. De acordo com o gráfico abaixo se nota um aumento significativo e constante da capacidade de processamento da rede do Bitcoin, conhecido como Hashpower. O que significa isso? Os mineradores estão investindo dinheiro na compra de novos computadores para processar as transações da blockchain do Bitcoin, o que logicamente aumenta a capacidade de processamento (hashpower) e a segurança da rede. Então, pelo menos do ponto de vista dos mineradores, eles acreditam que investir na principal criptomoeda é um negócio rentável.
Variação do Hashpower do Bitcoin de 2017 a 2018 - Fonte: blockchain.info
No campo regulatório, tivemos avanços significativos. O Japão umas das maiores economias mundiais aprovou em março de 2017 lei que garante o Bitcoin como meio de pagamento, e é o local do mundo onde se tem mais estabelecimentos comerciais que o aceitam para adquirir produtos e serviços. A Coreia do Sul, outro importante mercado das criptomoedas estão com iniciativas avançadas para regular as exchanges como se fossem bancos. A Suíça declarou que pretende se tornar o novo “vale das criptomoedas” ou o “paraíso das criptomoedas” e a Alemanha, maior economia européia, também legalizou o Bitcoin como meio de pagamento dando mais um importante passo para uma aceitação oficial do criptoativo.
Agora quando se fala de regulação todos os olhos do mundo acabam se voltando para o que os EUA irão decidir, especificamente, a Securities Exchange Commission – SEC (CVM americana).
Nesse ponto, a SEC, de maneira lenta, tem conseguido definir diretrizes gerais de regulação para o mercado, e sair da situação de um mercado de criptomoedas totalmente não regulado para uma maior clareza regulatória. Eles já deixaram claro o que esperam para poder permitir a aprovação de uma ETF do Bitcoin e o mercado está se movimentando para tornar realidade uma ETF. Nas palavras do proponente da ETF Jan van Eck “Devagar a SEC está trazendo questões como brokers, gestores de fundos e disponibilidade de precificação sob diretrizes regulatórias, sem estragar a festa. Acredito que até o final do ano teremos um mercado razoavelmente bem regulado”.
Mas porque a regulação do mercado é tão importante?
Já há um consenso que um dos principais motivadores de um novo ciclo de alta, virá da entrada em grande escala de dinheiro institucional (vindo de bancos de investimento, fundos de aposentadoria, etc).
Pegando como exemplo os fundos de pensão, essas instituições são responsáveis por enormes volumes de dinheiro. De acordo com pesquisa da Willis Towers Watson, considerando os principais mercados mundiais, são mais de US $82 trilhões em 2018, sob o gerenciamentos dos fundos de aposentadoria.
Se os gestores investissem uma pequena parcela desses valores, o marketcap (valor total de capitalização de um mercado) das criptomoedas aumentaria de maneira substancial, já que em sua alta histórica chegamos a um marketcap de “apenas” US $830 bilhões, considerando todas as criptomoedas.
Sendo o Bitcoin um ativo “escasso” (pois apenas 21 milhões de Bitcoins serão produzidos), o aumento do marketcap significa um aumento da demanda e consequentemente aumento do seu valor de mercado. E, sem os efeitos de depreciação inflacionária no longo prazo, intrínseco à moedas como o dólar, euro e real (fiduciárias).
Capitalização Mercado de Criptomoedas – Fonte: coinmarketcap
Mas para esse dinheiro institucional ser investido teremos que ter clareza regulatória, já que o nível de responsabilidade sobre o dinheiro gerido por essas instituições é enorme, não se pode arriscar, por exemplo, com a aposentadoria de trabalhadores.
Além dos fundos de pensão vários bancos de investimento estão se movimentando para se posicionar, já esperando um aumento significativo da procura pelo Bitcoin e a explosão do mercado nos próximos 12 meses. Mais um forte indicativo que o prognóstico de médio e longo prazo é positivo, afinal bancos normalmente não se movimentam para perder dinheiro.
De uma maneira geral, a medida que o Bitcoin começa a ser mais e mais conhecido, o seu uso como moeda de fato cresce. Para se ter uma ideia a Bitpay um dos maiores players do mercado de pagamento utilizando Bitcoin, processou mais de US $1 bilhão de pagamentos em 2017, e se tem a expectativa de se chegar a US $7 bilhões em 2018.
Esse aumento significativo do processamento nos pagamentos reflete a penetração do Bitcoin no comércio mundo afora. Só no Japão, no final de 2017, mais de 250.000 estabelecimentos aceitavam a principal criptomoeda. Na Europa, Estados Unidos, América do Sul, África se vê também um grande aumento do uso do Bitcoin.
Outro importante indicador que o Bitcoin está em um curso sólido, é que em seus 9 anos a rede nunca foi fraudada. Nenhuma transação foi indevidamente inserida no blockchain. Isso definitivamente reforça que o Bitcoin veio para ficar. Não podemos esquecer que o potencial disruptivo da tecnologia já é amplamente reconhecido por bancos centrais, o FMI, governos e a comunidade financeira em geral.
Ser capaz de comandar o seu dinheiro sem intermediários, utilizando criptomoedas, proporcionará serviços financeiros a bilhões de pessoas no mundo, dando impulso a economia global e mudando a maneira como lidamos com nosso dinheiro.
Ter um sistema financeiro descentralizado, deflacionário e independente de correntes políticas, sem dúvida é um avanço na maneira que se gestiona o mercado financeiro e a economia, e esse poder não desaparecerá.
Sim, o momento é de reflexão. Sempre que temos forte retração do mercado temos medo, dúvidas e incertezas (FUD), e é exatamente nesses momentos que devemos nos perguntar o que queremos das criptomoedas.
Pois se realmente entendermos o que representa o Bitcoin e como ele impactará de forma profunda a vida de todos, aí a análise muda de figura e, o preço no curto prazo não é tão importante assim e o foco deve ser de um investimento a longo prazo.
Apesar de estarmos passando por uma fase difícil, em alguns anos, pode ser que olhemos para trás e fiquemos muito arrependidos por não termos aproveitado a oportunidade de comprar Bitcoins a um preço tão camarada (como acontece todo ano, desde a criação do Bitcoin).
E claro, só invista aquilo que pode perder!
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Fonte: cointelegraph, coinmarketcap, cryptoradar, news.bitcoin, ambcrypto