A exchange de criptomoedas latino-americana Mercado Bitcoin garantiu US$ 200 milhões em financiamento da Série B do SoftBank, marcando uma das maiores rodadas de financiamento da história da região.
O Mercado Bitcoin usará os fundos para expandir suas ofertas e investir em novas infraestruturas para atender à crescente demanda por ativos digitais na região, anunciou a bolsa sediada no Brasil em São Paulo nesta quinta-feira. O 2TM Group, a empresa-mãe por trás do Mercado Bitcoin, agora está estimado em US$ 2,1 bilhões, tornando-se o oitavo maior unicórnio do continente.
Na indústria de capital de risco, o termo "unicórnio" descreve startups privadas com um valor de pelo menos US$ 1 bilhão.
O Mercado Bitcoin pode ser apenas a segunda exchange de criptomoedas latino-americana a se juntar à categoria de unicórnios de elite. Como foi noticiado, a exchange mexicana Bitso foi avaliada em US$ 2,2 bilhões em maio, depois de concluir uma arrecadação de US$ 250 milhões para a Série C.
Como outras exchanges de criptomoedas, o Mercado Bitcoin registrou um tremendo crescimento este ano. Cerca de 700.000 usuários se inscreveram para usar a plataforma em 2021, elevando sua base total de usuários para 2,8 milhões. Isso representa mais de 70% dos participantes da bolsa brasileira. Em comparação, em 2017, a empresa tinha apenas 900.000 usuários, de acordo com Robert Dagnoni, presidente executivo e CEO da 2TM.
A atividade comercial também aumentou durante o auge do mercado de touros, com os volumes de Bitcoin atingindo US $ 5 bilhões entre janeiro e maio – superando o total da bolsa para os primeiros sete anos combinados. Em comparação com os níveis do ano anterior, os volumes de comércio aumentaram 11 vezes, disse Dagnoni.
Marcelo Claure, CEO do SoftBank Group International, descreveu o Mercado Bitcoin como um "líder global no espaço das criptomoedas", acrescentando que os ativos digitais têm "um potencial incrível na América Latina".
Países como Argentina, Venezuela e México têm visto um aumento retumbante na adoção de criptomoedas devido às pressões econômicas e fiscais locais. Há rumores de que vários países latino-americanos estão explorando a possibilidade de aceitar o Bitcoin como proposta legal. No entanto, até agora, apenas El Salvador fez o movimento ousado.
Dagnoni diss que o Brasil tem desempenhado um papel excepcionalmente importante no aumento da adoção de criptomoedas. "Os brasileiros têm se mostrado adotantes precoces de tecnologia em muitas frentes, olhando para o Waze e uber como exemplos", disse ele, acrescentando:
"As criptomoedas não foram exceção a essa tendência. No Brasil, e de um modo geral na América Latina, milhões de pessoas estão percebendo que ativos digitais e criptomoedas são tecnologias emergentes inovadoras e são eficientes no armazenamento de valor."
O CEO também disse que mais brasileiros estão recorrendo a cripto e outras alternativas devido às taxas de juros artificialmente baixas:
"Vi algumas das menores taxas de juros já registradas no Brasil, o que impulsionou o desenvolvimento da indústria de ativos alternativos. A cripto está se beneficiando dessa tendência, que também pode ser vista em outras classes de ativos, como VCs e Private Equity."
Fonte: Cointelegraph
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