Mesmo com seu preço em alta de 73% em 2023, o volume de negociações de Bitcoin está em forte declínio. Segundo dados da Bitcoinity, a métrica está em seu menor nível dos últimos 5 anos.
A mesma tendência pode ser observada no mercado brasileiro. Dados do MercadoCripto apontam que julho teve o menor volume de negociações dos últimos doze meses.
Embora a queda possa representar um desinteresse dos investidores, outros estudos revelam que o número de bitcoins em corretoras também está em queda. Ou seja, as pessoas não estão interessadas em vender suas moedas.
Muitos traders acreditam que o volume seja a métrica mais importante em suas análises técnicas. Afinal, ele pode representar tanto o interesse de outros investidores quanto a liquidez de certo ativo.
Para esse grupo, a notícia é alarmante. Desde seu pico em 2018, o volume de negociações de Bitcoin já caiu cerca de 90%. No mês de julho, a métrica chegou ao seu menor nível dos últimos cinco anos.
Embora a poderosa Binance não apareça no gráfico acima, provavelmente excluída devido às suas promoções de taxa zero, nem mesmo a corretora de Changpeng Zhao salvaria o mercado.
Segundo dados do MercadoCripto, que inclui a Binance, o volume de negociações de Bitcoin atingiu seu menor nível dos últimos 12 meses no Brasil.
Citando uma “crescente perda de volume de negociações em sua plataforma”, uma corretora brasileira anunciou o fim de suas atividades nesta semana, sendo um exemplo das consequências.
Embora a queda do volume pudesse representar o mesmo movimento nos preços, vale lembrar que o Bitcoin valorizou 73% em 2023 e grandes investidores como a MicroStrategy continuam acumulando mais BTC. Em junho, por exemplo, a empresa de Michael Saylor realizou seu maior aporte dos últimos dois anos, ignorando possíveis problemas de liquidez.
Ainda que o mercado já esteja acostumado com as grandes velas nos gráficos, o preço do Bitcoin está sem grandes alterações nos últimos dois meses. Cobra, dono do site Bitcoin.org, até brincou com a situação na última semana.
“Está na hora de começar a comercializar o Bitcoin como uma stablecoin.”
De qualquer forma, tudo indica que estamos na fase da calmaria antes da tempestade. Enquanto alguns analistas acreditam que a falta de volume seja preocupante, indicando uma forte queda pela frente, outros defendem justamente o oposto.
Caso um ETF de Bitcoin à vista seja aprovado nos EUA, Tom Lee acredita que o BTC possa chegar a R$ 900.000 por unidade. Um dos motivos é a falta de bitcoins em corretoras, podendo ser ‘insuficiente’ para os investidores de Wall Street.
Por fim, os mais ameaçados parecem ser as corretoras. Além da forte concorrência interna, a chegada de gigantes como BlackRock e Fidelity promete pressioná-las ainda mais, mesmo que seu público-alvo seja outro.
Fonte: livecoins
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