Já pensou em qual é, de fato, o impacto da tecnologia blockchain no mercado financeiro e de capitais? Neste artigo, vou tentar colocar em palavras como ela veio para transformar a forma como as pessoas negociam seus ativos e lidam com seu capital.
Imagine um esquema em que, do lado esquerdo temos empresas e ativos que precisam acessar capital e, do lado direito, temos investidores que querem investir seu dinheiro em bons ativos.
No meio desses dois extremos, temos toda a infra-estrutura atual do mercado de capitais, na qual não vou gastar palavras elaborando e comentando sobre porque ela já é velha, ultrapassada e só nos fornece uma certeza: a de que não tem outro caminho senão a mudança.
Se pensarmos que a tecnologia blockchain pode ser uma nova infra-estrutura para o mercado, podemos ver que as regras dos ativos, de distribuição, de liquidação e auditoria passam a estar dentro dessa rede de blocos, sendo representadas por tokens e aplicações.
Para que seja possível distribuir e liquidar essas operações nesta nova infraestrutura, também precisamos colocar o dinheiro que, atualmente, está no sistema dos bancos, na infraestrutura atual do mercado. Hoje, podemos fazer isso através de uma stablecoin lastreada no real. Amanhã, quem sabe, através de toda uma agenda do Banco Central, o Real Digital (CDBC).
Quando se trata das regulações e da segurança para o mercado, podemos ter um custodiante (trust) regulado dando toda a segurança para a existência dos ativos e as regras de estruturação. Esse custodiante seria responsável por emitir os tokens e cuidar das regras na blockchain.
Já as plataformas de distribuição de ativos, elas se conectariam através da nova infraestrutura da blockchain, interagindo com as regras do ativo através dos Smart Contracts, de uma forma segura, transparente, imutável e sem a necessidade de uma plataforma confiar em outra e, assim, sucessivamente. Na Blockchain, todas as regras são imutáveis, assim como os blocos gerados nessa cadeia.
Como exemplos de regras da blockchain, posso destacar os cálculos de juros, índices, regras de distribuição e pagamentos, entre outras.
No fim das contas, o token surge na blockchain para ser a interface pública segura e imutável para que todos os participantes possam interagir com a operação sem a real necessidade de um intermediador entre eles.
Assim, abrem-se muitos precedentes para o futuro. Quem sabe, por exemplo, um investidor não precise e nem dependa de uma plataforma de distribuição, podendo, com sua própria wallet, interagir com essas operações de forma mais direta possível. No presente, já temos um vislumbre dessas possibilidades através do DeFi!
Enfim, esse cenário que desenho para vocês é apenas uma visão de futuro otimista, mas ainda é preciso muitas mudanças, validações, construções e melhorias para que se concretize.
Hoje em dia, a blockchain não precisa ser apenas um livro de registro, mas, sim, uma tecnologia que fornece muito mais possibilidades para o mercado financeiro e de capitais!
Fonte: cointelegraph
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