A Tools for Humanity, empresa por trás da Worldcoin, criptomoeda desenvolvida por um dos cofundadores do ChatGPT, anunciou a captação de US$ 115 milhões em uma rodada de investimento série C, liderada pela Blockchain Capital.
Criada por Sam Altman, cofundador da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, a Worldcoin busca promover a renda básica universal em todo o mundo através da distribuição de criptomoedas. Para isso, outras tecnologias também são desenvolvidas, como até mesmo a verificação de identidade através do escaneamento de retina.
A verificação de identidade proposta pela Tools for Humanity foi um dos principais fatores que atraiu os investidores da rodada, segundo Spencer Bogart, sódio geral da Blockchain Capital, que liderou o investimento.
“Foi essa ideia de criar um novo modelo para a Internet que pode permitir que qualquer aplicativo faça a distinção fácil e rapidamente entre máquinas e humanos, ou bots e humanos. Isso foi algo que me levou a trabalhar mais de perto com nossa equipe de engenharia para realmente avaliar o tamanho do problema que já é”, disse ele em entrevista ao Decrypt.
Atualmente, muitos sites utilizam o sistema Captcha para fazer a distinção entre máquinas e humanos, mas com a evolução da inteligência artificial esse sistema pode ficar defasado, segundo Bogart.
"[Captcha] tem sido bastante eficaz para distinguir entre bots e humanos. Esse não é mais o caso com sistemas automatizados mais avançados, especialmente coisas alimentadas por IA”, disse.
Além da Blockchain Capital, participaram da rodada a16z crypto, Bain Capital Crypto e Distributed Global. Quanto cada um investiu não foi revelado. A Tools for Humanity disse que pretende utilizar o dinheiro não só para a verificação de identidade, mas para pesquisa, desenvolvimento e expansão dos projetos Worldcoin e World App, que serviria como uma carteira digital para a Worldcoin.
Criptomoeda do ChatGPT?
O projeto da Worldcoin se tornou muito famoso por ter sido criado por Sam Altman, mas deu o que falar sobre o escaneamento de retina. Muitos usuários se demonstram desconfiados do que pode ser feito com dados tão pessoais.
Em versão beta, a Worldcoin busca promover a renda básica universal através da distribuição de criptomoedas de graça e a verificação de identidade através da retina. Segundo a Tools for Humanity, os dados de retina são apagados após o escaneamento e já existem quase 2 milhões de usuários em todo o mundo.
"Esperamos que [a Worldcoin] possa fornecer mais informações de forma aberta, o que dará a mais pessoas essa garantia. É um grande obstáculo para eles - é algo que eles precisam superar porque, em última análise, as pessoas devem ser céticas até se sentirem confiantes de que esse é realmente o caso", concluiu Bogart ao Decrypt.
Fonte: exame