Apesar da agitação das baleias em torno da nova criptomoeda que subiu 130% ao ser oferecida de graça pela Binance, o sonho da ampla maioria dos investidores gira em torno da posse do Bitcoin que era trocado de mãos em torno de US$ 27,2 mil (-1,07%) no começo da tarde de quarta-feira. Para aqueles que têm condições de maiores aportes para engordarem suas carteiras, uma das possibilidades é a mineração de Bitcoin em casa. Mas vale a pena?
A agregadora de dados de criptomoedas CoinGecko foi buscar a resposta para essa pergunta por meio de um levantamento global dos custos energéticos de cada país frente a eletricidade necessária para mineração de cada Bitcoin.
Para os pretensos, e alvoroçados, mineradores domésticos de Bitcoin brasileiros a resposta é não. Isso porque, segundo os dados apresentados pela CoinGecko, cada Bitcoin minerado em uma residência brasileira custaria em média US$ 45,49 mil, valor 67% maior que o preço da criptomoeda.
Mapa global de custo energético para mineradores soslo de Bitcoin. Fonte: CoinGecko
De acordo com a empresa de análise, um minerador doméstico de BTC precisa, em média, de 266 megawatts hora (MWh) de eletricidade para cada Bitcoin minerado, o que exigiria um consumo mensal de 143 quilowatts hora (kWh), o equivalente a um sexto do que uma família dos EUA consumiu ao longo de 2021.
Sem entrar na seara do custo das placas de circuitos integrados de aplicação específica (ASICs, na sigla em inglês), a CoinGecko concluiu que o custo médio da energia elétrica residencial entre os países para a mineração de um Bitcoin é de US$ 46,29 mil, quase 70% a mais que o preço do BTC.
No campo dos contrastes, o custo energético por Bitcoin minerado na Europa é de pouco mais de US$ 85,76 mil, custo 215% superior ao preço da criptomoeda. No Japão, o custo em eletricidade para a mineração de cada Bitcoin sai em média a US$ 64,11 mil, cerca de 135% a mais que o preço do BTC.
Porém, há lugares que, em termos de custo energético, a mineração de Bitcoin parece ser vantajosa. Nesse caso, a liderança é ocupada pelo Líbano, onde o custo energético por Bitcoin minerado representa US$ 266,20, menos de 0,01% o preço da criptomoeda.
No caso da América do Sul, pelo que apresenta o mapa, o destaque é da Argentina, onde o custo energético por BTC equivale a US$ 9,04, custo que equivale a um terço do preço do Bitcoin.
Apostando em outro caminho, a energia elétrica produzida pela hidrelétrica de Itaipu, a emissora da stablecoin lastreada no dólar americano Tether estaria prestes a instalar uma fazenda de mineração de Bitcoin no país
Fonte: cointelegraph
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