O futuro do dinheiro será virtual e estará no celular e na televisão

Por 09/06/2020
09/06/2020


O Estado pode tentar frear seu desenvolvimento, mas para o especialista Gregory Klumov, o futuro do dinheiro será virtual, quer o Estado queira ou não.

Além disso, se o dinheiro será virtual, um estudo brasileiro aponta que cada vez mais ele estará no celular e na televisão, entre outros.

Klumov que é CEO da Statis, salienta também que o dinheiro sempre foi uma espécie de desenvolvimento.

Desta forma, ao longo de sua existência passou por constantes reformulações junto com os avanços tecnológicos da humanidade.

"Desde os tempos antigos, as pessoas tentaram usar ativos diferentes para criar uma medida única de valor, desde moedas de commodities como ouro e prata em 3.000 aC a moedas representativas, como o padrão-ouro em vigor na década de 1700."

Dinheiro físico não atende ao mundo digital

Klumov destaca também que cada "era" teve o sistema financeiro mais avançado para o seu período e para as necessidades que aquela organização social possuía.

Assim, segundo ele, não convém falar em um sistema "arcaico", mas em um sistema avançado para sua época.

"Ao redefinir o caminho das interações econômicas, temos que perceber uma coisa: mudanças e invenções são movidas não apenas por desejos, mas principalmente por necessidades."

Desta forma, segundo ele, com o avanço acelerado da tecnologia, o século XXI viu a crescente necessidade de resolver novos problemas em seus sistemas financeiros.

"Além disso, durante o surto de coronavírus o interesse em moedas digitais acelerou o progresso de todo o setor, à medida que a demanda por um dólar digital e um euro digital aumentou dramaticamente. Também causou um aumento drástico no uso de aplicativos de tecnologia financeira na Europa e em todo o mundo do trabalho, à medida que mais e mais trabalhadores agora precisam operar online.”

O dinheiro digital é seguro de usar para fornecer pagamentos remotos (...) As moedas digitais, como as criptomoedas, agora estão sendo consideradas não como coisas modernas, mas como uma maneira mais segura de realizar operações financeiras e ainda mais, para fornecer um novo tipo de camada para a fundação do futuro sistema financeiro", destacou Klumov.

E, se o dinheiro vai deixar de ser "de papel" e passar a ser virtual o celular será o banco.

Segundo dados da pesquisa TIC Domicílios mais da metade dos brasileiros (58%) acessam a internet somente pelo celular.

Além disso o estudo aponta que 99% dos usuários de internet do Brasil possuem pelo menos um telefone celular.

Para se ter uma ideia do poder do celular, apenas 42% dos usuários de internet acessam a rede pelo computador que vem perdendo espaço inclusive para a televisão que já representa 37% dos acesso no Brasil.

O estudo aponta que os pobres, que são a maioria dos desbancarizados no Brasil, são os que mais usam celular.

Nas pessoas da chamada classe A, o uso exclusivo do celular era realidade para 11%, enquanto nas classes D e E era regra para 85% das pessoas.

Já na classe C, o índice também é alto, de 61%. O percentual também foi maior entre mulheres (63%) do que em homens (52%).

Essa condição também difere no recorte por escolaridade: é de 90% para analfabetos ou pessoas que só estudaram até a educação infantil, 61% para quem possui ensino médio e 19% para quem obteve diploma de nível superior.

Caixa Econômica Federal

Para corroborar os dados do estudo sobre o uso de celular e de como o dinheiro estará cada vez mais conectado ao aparelho, recentemente a Caixa Econômica Federal passou a disponibilizar um sistema de pagamentos digitais, via QR Code.

Em menos de uma semana o banco processou mais de R$ 60 milhões em pagamentos digitais com o sistema integrado no celular.

A medida foi anunciada como suporte principalmente para os beneficiários do 'coronavoucher', como ficou conhecido o Auxílio Emergencial anunciado pelo Governo Federal para minimizar os impactos econômicos do coronavírus.

O app que viabiliza o cadastro para receber o benefício do governo federal, está disponível tanto para iOS quanto para Android e, até o momento, acumula 92,9 milhões de downloads na soma de ambas as plataformas.

Enquanto isso, o Caixa Tem, app da Caixa para viabilizar os pagamentos digitais, foi baixado mais de 113,1 milhões de vezes.

Fonte: cointelegraph

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