Número de investidores de criptomoedas cresce 200% no Brasil em 2022, revelam dados da Receita Federal

Por 09/09/2022
09/09/2022


O inverno cripto não está impedindo que a adoção de criptomoedas avance de forma acelerada no Brasil, revelam dados de um relatório publicado pela Receita Federal na semana passada.

Entre janeiro e julho de 2022, a quantidade de investidores desta classe de ativos emergentes cresceu 200%. Apenas entre junho e julho, o total de investidores pessoa física que declararam movimentações envolvendo criptomoedas à Receita cresceu 68%, saltando de 794.755 para 1.336.715.

Desde 2019, quando o informe de operações envolvendo criptomoedas tornou-se obrigatório, é a primeira vez que a quantidade de investidores ultrapassa a marca de 1 milhão. A tendência é que o total de investidores brasileiros de criptomoedas supere o contingente apurado pela Receita, uma vez que os registros contemplam os CPFs que transacionaram ativos digitais a partir das informações repassadas por exchanges de criptomoedas que atuam no país ou pelos próprios investidores, no caso de transações cujo valor ultrapasse o total de R$ 30 mil em um único mês.

Os dados da Receita não incluem usuários de empresas que não têm sede no Brasil e portanto não são obrigadas por lei a cumprir a Instrução Normativa 1.888. Dados divulgados em junho deste ano pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), estimavam que a quantidade de investidores de criptomoedas brasileiros já era equivalente a 2% da população – aproximadamente 4,2 milhões de pessoas.

No que diz respeito aos investidores institucionais, ou pessoas jurídicas, houve uma queda de 3,7% em julho em relação ao mês anterior, recuando de 11.786 para 11.342 em números absolutos.

Queda no volume negociado

Apesar do aumento do número de investidores individuais, os dados da Receita mostram que houve uma queda no volume negociado de criptomoedas no período. Indivíduos e empresas brasileiras adquiriram R$ 1,7 bilhões em Bitcoin (BTC) no mês de julho, cerca de 26% a menos do que os R$ 2,3 bilhões transacionados no mês anterior.

Considerando-se as transações que envolveram todas as criptomoedas disponíveis no mercado , o volume em reais caiu aproximadamente 11% no período, de R$ 13,7 bilhões para R$ 12,2 bilhões. Chama atenção o crescimento do contigente de investidoras do sexo feminino, que cresceu de 14,12% para 18,49% do total de junho para julho.

A stablecoin Tether (USDT) movimentou R$ 7,8 bilhões através de 90 mil transações, liderando o ranking de volume negociado. Em seguida veio o Bitcoin, com R$ 1,7 bilhão movimentados através de 2,9 milhões de transações. E, fechando o top 3 Brasil, o Ethereum (ETH), que movimentou 612,8 milhões em 1,4 milhão de transações.

Enquanto isso, o Banco Central avança com os testes para implementação do Real Digital. A autoridade monetária prevê que a CBDC (moeda digital de banco central) brasileira seja lançada já no ano que vem.

Fonte: cointelegraph

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