Luis Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, esclareceu os fatos em torno da intenção que Argentina e Brasil têm de criar uma moeda comum latino-americana, que posteriormente seria estendida a toda a América Latina. Ao chegar a Buenos Aires para a cúpula de chefes de Estado da CELAC, Lula explicou que a discussão giraria em torno do lançamento de uma moeda para acordos multilaterais entre países de diferentes grupos de integração, incluindo BRICS e Mercosul.
Lula da Silva declarou :
Por que não criar uma moeda comum com os países do Mercosul, com os BRICS? Acho que é isso que vai acontecer. Você pode estabelecer um tipo de moeda para comércio que o banco central define.
Lula também afirmou que prefere que as transações comerciais internacionais sejam sempre liquidadas em moedas nativas de seus países para reduzir a dependência do dólar.
Fernando Haddad, ministro da economia do Brasil, ofereceu mais informações sobre os objetivos dos dois países, explicando :
O comércio está muito ruim e o problema é justamente a moeda estrangeira, né? Então estamos tentando encontrar uma solução, algo em comum que possa fazer crescer o comércio.
O presidente da Argentina, Alberto Fernandez, também se referiu à moeda hipotética nos mesmos termos que Lula. Fernández esclareceu:
A verdade é que não sabemos como funciona uma moeda comum entre Argentina e Brasil, nem sabemos como funcionará uma moeda comum na região. Mas o que sabemos é como a economia funciona com moedas estrangeiras para negociar.
As declarações conjuntas de Fernandez e Lula da Silva foram contra as expectativas que alguns tinham sobre o caráter varejista e generalizado que essa moeda teria, alimentadas pelas declarações que o ministro da economia da Argentina, Sergio Massa, ofereceu ao Financial Times.
Além disso, reportagens do O'Globo explicam que um memorando de moeda comum a ser assinado pelos dois governos inclui uma cláusula para proteger as moedas fiduciárias de cada país, o real brasileiro e o peso argentino, de serem substituídas por essa moeda focada em liquidação.
Fonte: news.bitcoin
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