A versão focada no mercado institucional da carteira da Web3 MetaMask, que pertence à desenvolvedora de software para a blockchain Ethereum Consensys, anunciou nesta quarta-feira (22) o lançamento do seu mercado de staking.
De acordo com o anúncio, a plataforma entrará em operação no dia 27 de março. Ou seja, já na semana que vem. O mercado vai permitir que as empresas que desejam se aprofundar no serviço de staking acessem produtos com termos e condições padronizados. A MetaMask oferecerá quatro provedores de staking diferentes: Kiln, Blockdaemon, Allnodes e ConsenSys Staking.
O serviço de staking oferece aos investidores de cripto uma forma de “bloquear” os seus ativos digitais para proteger uma rede. Em troca, eles obtêm uma renda passiva como forma de recompensa.
Staking da MetaMask
Conforme informou Johann Bornman, líder de produto da MetaMask Institucional, uma característica do novo mercado de staking é a padronização dos termos e condições. Além disso, ele disse que as taxas serão fáceis de visualizar e comparar.
“É realmente difícil para as instituições decidirem com qual provedor escolher. A média gasta com isso é de até vinte horas”, disse ele no evento da Kiln. “E você também tem essa decisão muito complexa a tomar entre diferentes termos e condições e diferentes recursos em diferentes provedores de apostas.”
Ainda segundo Bornman, os tokens de staking têm um grande papel a desempenhar no futuro da Web3 e isso motivou a MetaMask Institucional a lançar o serviço.
O lançamento do mercado de staking da MetaMask chega algumas semanas antes do tão esperado hard fork Shanghai da rede Ethereum. A atualização, que também é chamada de “Shapella”, marcará a primeira vez que os usuários do Ethereum poderão sacar seus ETH bloqueados na rede. A ideia é que isso promova o crescimento dos serviços de staking. Afinal, os investidores passarão a ter mais confiança em como e quando eles poderão sacar os seus ativos. O Ethereum confirmou o dia 12 de abril como data para ativação do Shanghai.
Staking na mira da SEC
Contudo, o serviço também chega em um momento em que as atenções dos reguladores estão voltadas para o staking. Na semana passada, por exemplo, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), Gary Gensler, disse que tokens que usam protocolos de staking poderiam ser considerados valores mobiliários de acordo com a lei dos EUA.
Antes disso, em fevereiro, a exchange de criptomoedas Kraken concordou em pagar US$ 30 milhões (R$ 160 milhões) e encerrar seu serviço de staking a fim de concluir as acusações de que o programa equivalia a uma oferta de títulos sem registro.
Sobre isso, os executivos da ConsenSys alegaram que as recompensas de staking são apenas uma maneira de “incentivar voluntários para proteger a rede.”
Fonte: criptofacil