Mercado, transporte e streaming lideram gastos com cartões de criptomoedas no Brasil

Por 13/06/2023
13/06/2023


As criptomoedas têm sido cada vez mais usadas como uma forma de pagamento, principalmente com o lançamento de cartões de crédito integrados a corretoras e contas. A Binance, que oferece o produto no Brasil, divulgou dados que mostram quais áreas atraem mais pagamentos de investidors com cripto.

De acordo com um levantamento da exchange, os supermercados e pequenos mercados lideram entre os locais de uso do Binance Card - que foi lançado no Brasil entre o fim de 2022 e o início de 2023. Em segundo lugar estão os aplicativos de transporte, como o Uber, e em terceiro, o uso para pagamento de assinaturas de serviços de streaming. Juntos, esses três tipos de gastos "representam uma grande parcela das compras feitas com o cartão cripto", afirma a empresa.

 

Os dados da corretora mostram que os usuários também usam o cartão de crédito com criptomoedas para pagamentos em cafés e restaurantes, destacando o uso para compras do cotidiano e no varejo. Segundo a binnace, o Brasil já é um dos cinco maiores mercados do Binance Card, que soma mais de 2 milhões de usuários no mundo.

 

Além do lançamento no Brasil, o cartão da Binance também chegou aos clientes da Argentina e na Colômbia. No primeiro país, ele é usado principalmente em lojas de varejo, seguidas por mercados, cafés e restaurantes, além de uso para pagamentos digitais. Já na Colômbia, o local com mais uso são grandes lojas de varejo, seguidas por serviços de transporte e cafés e restaurantes.

Guilherme Nazar, diretor-geral da Binance no Brasil, destaca que o cartão de crédito consegue "conectar as criptomoedas e o mercado financeiro tradicional, e traz as criptomoedas para o dia-a-dia do usuário: comprar pão na padaria, pagar o jantar com os amigos ou a corrida de carro".

Planos da Binance para o Brasil

Nazar destacou uma série de "particularidades positivas" do Brasil que, em sua visão, podem ajudar a aumentar ainda mais a adoção de criptomoedas pela população. Atualmente, o país está entre os sete maiores do mundo nesse quesito. Além da "visão construtiva" do BC sobre o tema, ele cita elementos como uma população "com mais smartphones que pessoas e aberta à adoção de novas tecnologias", além de um "mercado enorme em números absolutos".

Isso não significa, porém, que a adoção a criptos no Brasil não esbarre em desafios. Mas Nazar acredita que, no geral, eles acabam sendo semelhantes aos de outros países "educação, conhecimento e utilidade". Esses pontos têm sido alvo de ações da Binance em todo o mundo, inclusive no mercado brasileiro. Do ponto de vista da utilidade, a iniciativa mais recente foi o lançamento de um cartão de crédito que permite pagamentos em cripto, lançado em janeiro.

Nazar classificou o lançamento como "suave", com uma recepção grande de clientes que já colocou o Brasil como um dos cinco principais mercados da corretora de criptomoedas para o produto. O diretor da exchange acredita que o resultado "mostra o match entre o potencial do mercado brasileiro com a solução que a Binance está trazendo". Além dela, outras corretoras também já trouxeram esse tipo de serviço para o Brasil, indicando o interesse do setor.

O responsável pela Binance no Brasil aponta ainda que os dados da corretora mostraram que o cartão é eficiente tanto para clientes antigos da corretora, que passam a ter acesso a um produto que dá utilidade para criptomoedas, quanto novos interessados, que acabam tendo o cartão como um "primeiro produto". Nesse sentido, ele vê o cartão como algo que "conecta a indústria financeira tradicional com a de cripto".

"É algo que ajuda na educação e na adoção. A utilidade é algo que tangibiliza, desmistifica cripto. Cripto é para todos, é preciso trazer para o dia a dia das pessoas. 50% do volume de pagamentos no cartão hoje é em varejo do dia a dia, como restaurante, supermercado", diz Nazar.

Fonte: exame

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