A tão esperada atualização Shanghai, que permitirá a retirada de Ethereum (ETH) em staking, estava programada para ocorrer em março. No entanto, os desenvolvedores afirmaram que ela provavelmente ocorrerá nas duas primeiras semanas de abril.
Durante uma reunião on-line na quarta-feira (1), os desenvolvedores se dividiram em relação aos prazos e, por fim, colocaram a nova data. Mas o grupo confirmou o lançamento da rede de testes Goerli para o dia 14 de março.
Intervalo de testes
De acordo com os desenvolvedores, a demora ocorre por causa do intervalo entre o lançamento da Goerli e do Shanghai. O grupo aponta que haverá um espaço de um mês entre ambos os lançamentos.
Como a rede Goerli chegará em 14 de março, a data estabelecida para a chegada do Shanghai seria 14 de abril. Portanto, aproximadamente na segunda semana do mês que vem.
Agora, a expectativa é que o teste da rede Goerli ocorra sem problemas. No entanto, qualquer erro pode levar a um novo adiamento.
O momento exato da implementação do Shanghai é observado de perto devido às implicações financeiras da atualização. Quando o Ethereum mudou seu consenso para a Prova de Participação (PoS), os usuários tiveram que travar suas criptomoedas para realizar o staking. Eles podem receber os rendimentos, mas não conseguem sacar seus ETH.
Como resultado, os usuários acumularam recompensas por sua participação na rede e agora esperam poder sacá-las. O mercado está na expectativa do que isso pode representar para o preço do ETH no médio prazo.
O staking de Ethereum começou em dezembro de 2020, meses antes do The Merge. De lá para cá, a rede recebeu cerca de US$ 28,7 bilhões em ETH dos usuários. O valor segue em crescimento e, de acordo com dados da blockchain, corresponde a cerca de 14,5% de toda a oferta circulante de ETH.
Como não podem sacar os fundos, os usuários de staking fazem uma “poupança forçada” que já dura mais de dois anos. A atualização Shanghai traz como sua principal novidade a liberação dos saques.
As maiores entidades desse mercado são serviços intermediários de staking, como o Lido Finance, e as exchanges Coinbase, Kraken e Binance. Essas quatro empresas atualmente respondem por 56% de todos os ETH em staking, de acordo com a Dune Analytics.
Essas empresas têm um claro incentivo para começar a distribuir os ETH dos clientes e reduzir as taxas do topo. Por exemplo, o JPMorgan afirmou que os saques de ETH em staking na Coinbase podem gerar entre US$ 225 milhões e US$ 545 milhões em receita por ano, somente com as taxas.
Fonte: criptofacil