Um levantamento da empresa CryptoQuant apontou que as empresas estão "continuamente" acumulando bitcoin, retirando as unidades adquiridas da criptomoeda de corretoras e as armazenando em endereços próprios de carteiras digitais. Ao mesmo tempo, as exchanges estão tendo redução no seu total de ativos sob custódia nos Estados Unidos.
De acordo com a empresa, "considerando os valores sacados e os registros de depósitos e saques de carteiras digitais, as companhias estão continuamento comprando e acumulando bitcoin". Para ilustrar esse processo, a CryptoQuant compartilhou um exemplo no relatório.
A companhia foi capaz de identificar um endereço de carteira que recebeu 22.613 unidades da criptomoeda, equivalentes a mais de US$ 3 bilhões, na semana passada. Outra carteira identificada acumulava mais de R$ 550 milhões, e uma terceira superou a marca de R$ 380 milhões.
A CryptoQuant destacou ainda que esse movimento de acumulação institucional de bitcoin está ocorrendo ao mesmo tempo em que grandes corretoras de criptomoedas dos Estados Unidos estão perdendo fundos. Entretanto, grandes exchanges internacionais estão ganhando.
Os dados reunidos pela empresa mostram que a perda de fundos de corretoras nos EUA ganhou força após a falência da FTX em novembro de 2022. À época, ela era a segunda maior exchange do mundo. Na visão da CryptoQuant, a falência estimulou uma desconfiança entre investidores sobre as corretoras.
Entretanto, a empresa acredita que o grande responsável pela perde de fundos nos EUA mesmo em um cenário de expansão internacional é a atuação dos reguladores do país, mais especificamente a Comissão de Valores Mobiliários, a SEC. A autarquia tem processado diversas empresas, incluindo as corretoras Binance e Coinbase.
Na visão por exchanges, a CryptoQuant identificou que a Binance teve um aumento de reservas de bitcoin de 12,2%, indicando que ela recebeu mais fundos. Já a Bitfinex teve alta de 15% e a OKX, de 12,4%. Todas possuem sede fora dos Estados Unidos.
Já entre as exchanges com sede no pais, a Coinbase teve uma queda de volume em carteiras de 37%, enquanto a Gemini teve uma perda de 51,8% e a Kraken, de 54,2%.
Fonte: exame
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