Aproximadamente 4,2 milhões de brasileiros têm investimento em criptomoedas, segundo pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em junho. O público mais jovem, com idade entre 16 e 25 anos, é o principal entusiasta das operações no país.
No ranking mundial, o Brasil ocupa o 5º lugar entre as nações que mais investem em criptomoedas, conforme levantamento feito pela empresa de tecnologia blockchain TripleA em parceria com a plataforma Binance. No topo da lista estão Índia, Estados Unidos, Rússia e Nigéria, respectivamente.
A expectativa é que os criptoativos tornem-se cada vez mais populares entre os brasileiros nos próximos anos. Considerando a estimativa populacional realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o total de investidores verificado pela Anbima corresponde a apenas 2% da população nacional, o que mostra a existência de um potencial público-alvo para a expansão das operações.
Dentre as principais motivações para investir em criptomoedas está a possibilidade de um alto retorno financeiro no curto prazo. Para se ter ideia, The Sandbox (SAND) encerrou o ano de 2021 com uma alta de 16.265%. Abaixo dela ficou a Axie Infinity (AXS), com crescimento de 16.160%, segundo balanço do mercado financeiro.
A volatilidade dos ativos pode propiciar a supervalorização e a perda financeira. Assim, investir em criptomoedas requer conhecimento sobre o assunto. É necessário entender o mercado e o comportamento dos ativos para criar uma estratégia de investimento que permita aumentar as chances de ganho e minimizar os riscos de perda.
Antes de realizar qualquer investimento, a Anbima orienta identificar o perfil do investidor, acompanhar as informações do mercado e conhecer as características do ativo, como rentabilidade, segurança e liquidez.
Nathalia Arcuri, especialista em finanças e responsável pelo canal no YouTube Me Poupe!, orienta que, no caso das criptomoedas, os investidores iniciantes devem diversificar a carteira incluindo ativos mais conhecidos, como o Bitcoin (BTC), o Ethereum (ETH) e o Litecoin (LTC).
Caio Goetze, especialista em criptoativos do Hub do Investidor, segue na mesma linha e destaca a importância de realizar um bom gerenciamento de risco na hora de montar o portfólio.
Em função da assimetria entre o preço e o valor de muitos projetos sólidos que, hoje, estão descontados, o momento atual do mercado apresenta excelentes oportunidades a longo prazo.
Como ainda é um mercado recente, porém, Caio orienta buscar corretoras com credibilidade e tempo de mercado para realizar as negociações. Além disso, deve-se evitar aquelas com quaisquer promessas de ganhos.
A orientação da Anbima é direcionada para quem pretende realizar qualquer tipo de investimento. No caso das criptomoedas, Arcuri acredita ser fundamental estudar antes de começar a investir.
“É um mercado novo, que ainda está se consolidando. É preciso conhecer antes de aplicar os recursos”, explica em seu canal.
Já Caio alerta sobre a importância de tomar decisões respaldadas por fundamentos e dados.
“A volatilidade e a quantidade de opções de ativos neste mercado são fatores que podem assustar o investidor iniciante. São mais de 20 mil criptomoedas e apenas a esmagadora minoria tem uma estrutura sólida. O processo de avaliação de um criptoativo é trabalhoso e demanda muito estudo, mas, quando bem-feito, pode propiciar ganhos interessantíssimos”, orienta.
As moedas digitais são ativos de renda variável que apresentam alta volatilidade. Para a Anbima, essa natureza possibilita um maior retorno financeiro, mas os riscos de perda também são maiores. Em geral, têm alta liquidez, pois há uma demanda crescente pelos ativos.
Por conta das características, as criptomoedas são recomendadas para investidores com perfil arrojado. A classificação considera aqueles que estão dispostos a correr riscos em busca de um potencial de rentabilidade maior.
De acordo com a Anbima, o ideal é que o investidor iniciante identifique o seu perfil para compreender se as criptomoedas são investimentos compatíveis com seus objetivos, interesses e tolerância aos riscos.
Mesmo quem tem um perfil arrojado deve variar a carteira para diluir os riscos. A diversificação é realizada distribuindo recursos entre diferentes modalidades e até mesmo ativos de uma mesma classe.
No caso das criptomoedas, os especialistas orientam que elas não sejam a única opção de investimento da carteira e que busquem associar as moedas digitais que estão mais consolidadas no mercado com outras apontadas como promissoras.
Por fim, o recomendado é que o novo investidor busque empresas que sejam referência no mercado. Antes de escolher a corretora pela qual vai investir em criptomoedas, é preciso fazer uma pesquisa prévia e ler com atenção as cláusulas contratuais.
Fonte: portal.bitcoin
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