Como investir em criptomoedas através de instrumentos financeiros

Existem várias maneiras de acessar o mercado de criptomoedas, incluindo fundos sem prescrição, na qual parte dos valores do fundo são aplicados em cripto e parte em ativos de renda fixa, fundos mútuos e ETFs, futuros e ações de empresas envolvidas em criptomoedas, como as ações da Coinbase, Marathon Digital, Microstrategy, Galaxy Digital e Grayscale, por exemplo.

Existem várias maneiras de obter exposição indireta às criptomoedas através desses instrumentos. Vejamos abaixo alguns desses instrumentos.

Fundos negociados em bolsa (ETFs) e fundos mútuos

ETFs e fundos mútuos atualmente fornecem exposição indireta às criptomoedas através de contratos futuros de cripto e/ou ações de empresas participantes de atividades de criptomoedas e blockchain.

ETFs baseados em ações

Alguns ETFs oferecem exposição a empresas envolvidas no desenvolvimento ou utilização de criptomoedas, ativos digitais, blockchain e tecnologias de ledger distribuído. Outros podem investir nas ações de empresas que mineram criptomoedas, como os da Marathon Digital, ou Huit8, ou de empresas que oferecem negociação de criptomoedas, como é o caso da Grayscale, ou Microstrategy, mantêm criptomoedas em seus balanços ou aceitam criptomoedas como meio de pagamento, no caso a Stripe.

Fundos mútuos e ETFs baseados em futuros

Como todos os ETFs que investem em contratos futuros, os compradores devem estar cientes de que os custos de "roll" (substituindo um contrato expirando por um contrato mais antigo) podem resultar em retornos mais baixos em comparação com a responsabilidade direta da commodity ou criptomoeda subjacente que lastreia esse ativo. Além disso, os limites de posição projetados para restringir a quantidade de contratos futuros que podem ser mantidos por qualquer investidor único (incluindo um fundo) podem afetar esse tipo de capacidade do ETF de criar ações (dependendo do tamanho do ETF e do tamanho do mercado futuro de Bitcoin).

Além de novos fundos que foram lançados especificamente para oferecer exposição a criptomoedas e tecnologias de finanças descentralizadas (DeFi), alguns ETFs e fundos mútuos focados em commodities existentes também estão adicionando exposição ao Bitcoin em suas carteiras.

Fundos de criptomoedas

Os fundos de criptomoedas over-the-counter (OTC) permitem que os investidores negociem ações em fundos que detêm grandes pools de uma criptomoeda, embora estes possam envolver alta volatilidade, taxas pesadas e outros riscos. Normalmente, esses produtos são lançados como colocações privadas para investidores credenciados. Uma vez cumpridos os requisitos do período de retenção, os investidores credenciados podem vender suas ações no mercado "over-the-counter" (mercado de balcão) para todos os investidores, incluindo pequenos investidores de varejo.

Historicamente, esses produtos tendem a negociar com grandes prêmios ou descontos ao valor de seus ativos subjacentes devido à sua capacidade limitada de igualar a demanda por ações com a oferta disponível (ou seja, aquelas ações para as quais o período de exploração foi cumprido). No Brasil há diversos instrumentos desses já disponíveis ao público, como os da Hashdex, QR Capital, Vitreo, Genial e outros.

Futuros de Bitcoin

Contratos futuros de Bitcoin são acordos para comprar ou vender uma quantidade específica de Bitcoin a um preço especificado em uma determinada data futura. Os contratos negociados são liquidados em dinheiro, não em criptomoedas. Essa modalidade de investimento é facilmente encontrada em diversas exchanges, contudo, são proibidos no Brasil. Há poucas semanas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a Binance e Bybit de fazerem oferta desses instrumentos ao público brasileiro.

Ações de criptomoedas

Algumas ações proporcionam exposição indireta à criptomoeda devido à relação da empresa com ativos digitais. Nesse caso específico, o maior exemplo é da Coinbase, a maior Exchange dos EUA, que é listada em bolsa, com sua ação sendo listada como $COIN.

Esse instrumento financeiro só está disponível para o investidor brasileiro, através de BDR´s, ou criação de contas no exterior para compra direta da ação via corretoras que fazem a interface com a Nasdaq.

Fonte: cointelegraph

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