Até pouco tempo atrás, o nome token não fungível (NFT) era estranho para o mundo. Ainda hoje, algumas pessoas podem fazer cara de confusão ao ouvi-lo. Mas o fato é que os NFTs ganharam o mundo e conquistaram famosos como Madonna, Neymar, Eminem e Snoop Dogg, principalmente a partir das coleções Bored Ape Yacht Club e CryptoPunks, fenômenos em vendas.
Ao mesmo tempo, milhares de coleções foram lançadas, até mesmo por marcas já estabelecidas em outros setores, e não obtiveram o mesmo sucesso. Cada NFT da Bored Ape Yacht Club custava aproximadamente US$ 280 em seu lançamento. Atualmente, mesmo em queda, é preciso desembolsar no mínimo 69 ETH, ou cerca de US$ 109 mil.
Além da valorização, as imagens de coleções como Bored Ape Yacht Club e CryptoPunks passaram a estrelar as fotos de perfil de famosos e viraram objeto de desejo em todo o mundo. Mas o que explica o fato de algumas coleções fazerem muito sucesso e outras não?
Segundo Leonardo Carvalho, CEO e cofundador da NFTFY, detalhes sobre o projeto e seu plano de ação podem ser decisivos para o sucesso de uma coleção de NFTs.
À frente da NFTFY startup focada na fracionalização de NFTs, o foco de Leonardo é democratizar o acesso aos tokens mais desejados, sem a necessidade de investir grandes quantias de dinheiro para comprar o ativo inteiro.
Confira algumas das características de um projeto de NFT de sucesso, segundo Leonardo Carvalho:
• Número de NFTs: entre 3 e 10 mil
• Imagem: Conhecida como PFP, sigla para “Profile Picture” ou “foto de perfil” em inglês, a imagem precisa ser um rosto. “Isso ajuda a criar uma identidade digital e seus donos o colocam como foto de perfil nas redes sociais, sendo este o maior caminho para a divulgação”.
• Características bem definidas: “Crie características facilmente detectáveis aos olhos para que as pessoas consigam de fato verificar se o item é raro ou não”. Segundo Leonardo, cerca de 98% dos NFTs não serão caracterizados como raros, contra apenas uma pequena parcela de itens únicos.
• Royalties de venda secundária: Alguns marketplaces de NFTs oferecem o pagamento de royalties de venda secundária, que podem ser estabelecidos pelo criador da coleção. A recomendação de Leonardo é que a porcentagem cobrada pelas vendas entre investidores seja de 2,5%, a depender do tamanho da comunidade.
• Comunidade: “Você precisa criar uma comunidade e atrair um grande número de pessoas para o acesso antecipado”, aponta Leonardo. “Conseguindo pessoas que detêm os NFTs mais valiosos do mercado, você trará mais respeito para a sua coleção e influência”.
• Utilidade: “Existe um risco aqui, crie constantes ações em torno de sua coleção porém não prometa nada de início. Algumas coleções prometeram jogos ou metaversos atrelados a seus itens e nunca entregaram, ou seja, foram classificadas como golpes. Entregar utilidade é o melhor que você pode fazer, desta forma, crie ações, movimente sua comunidade mas só prometa o que de fato está pronto para ser entregue”.
• Comunicação e segurança: “Crie canais oficiais de comunicação, tenha um número restrito de administradores e tome muitas providências de segurança para evitar que hackers invadam seus perfis e criem ações falsas que levem seus investidores a serem roubados”.
Outro fator importante mencionado por Leonardo, é a chamada “whitelist” do lançamento de uma coleção de NFTs. Endereços de carteiras digitais autorizados na “whitelist” podem ter benefícios como o acesso antecipado para compra, por exemplo.
Conseguir um número significativo de carteiras, principalmente de grandes investidores, para a whitelist, é crucial para o sucesso de um lançamento.
“Sua whitelist precisa também de no mínimo três vezes o número de pessoas que o número total de NFTs”, afirmou Leonardo.
Fonte: cointelegraph
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