A rede do Bitcoin anda bastante movimentada. Após um aumento recorde nas transações, a dificuldade de mineração atingiu o seu maior nível, gerando lucro para mineradores e um período de mais de duas horas sem que o blockchain registrasse um bloco de transações.
Na última semana, o blockchain do Bitcoin chegou a regitrar 682 mil transações em um único dia. O número ultrapassou em 39% o último recorde, de 2017, segundo dados do Glassnode.
O resultado disso foi um aumento na dificuldade de mineração da rede. Todas as transações registradas são inseridas em blocos, validados pelos mineradores. Se este serviço geralmente demora 10 minutos para ser feito na rede principal, ele demorou 101 minutos na última quinta-feira, 18, segundo o mempool.space.
O bloco 790339 foi adicionado às 12h37, já o bloco seguinte, 790340, só foi incluído na rede às 14h18.
Tudo isso foi motivado pelo sucesso dos tokens BRC-20, que têm como objetivo trazer novas possibilidades para a rede do bitcoin através da tecnologia Ordinals.
Dificuldade de mineração
Além disso, o lucro dos mineradores também aumentou. Foram US$ 17,8 milhões em taxas, algo que não acontecia na rede há um bom tempo. Desde o ano passado, muito se discutiu sobre a lucratividade da mineração, já que depois de uma atualização da Ethereum em setembro, apenas bitcoin e dogecoin continuaram utilizando o mecanismo de consenso entre os principais blockchains.
Foi por isso que a dificuldade de mineração precisou ser aumentada no ajuste periódico feito a cada duas semanas, realizado na última quinta-feira, 18.
A dificuldade de mineração atingiu um nível recorde de 49,5 trilhões de hashes. No procedimento de ajuste, os mineradores ajustam suas máquinas para a nova demanda de poder computacional exigido pela rede.
Fonte: exame