As empresas e investidores brasileiros movimentaram mais de R$ 15 bilhões em criptomoedas no mês de fevereiro, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal. O valor foi inferior ao registrado em janeiro, puxado por uma queda nas operações por CPFs, apesar de um crescimento nas movimentações declaradas por CNPJs no segundo mês de 2023.
O órgão informou que, em fevereiro, a movimentação total foi de R$ 15,08 bilhões, uma queda de 6,6% em relação a janeiro, mas o segundo maior valor desde maio de 2022. Desse total, R$ 680,36 milhões foram movimentados em corretoras no exterior, R$ 12,98 bilhões em corretoras nacionais e R$ 1,41 bilhão sem o uso de exchanges.
Os dados mostram ainda que houve uma queda no número de CPFs únicos com operações envolvendo criptomoedas declaradas à Receita Federal. Em janeiro, foram 1,35 milhão, enquanto em fevereiro foram 1,11 milhão, um recuo de 17,8%. O número foi o segundo pior desde julho de 2022.
Já a quantidade de CNPJs únicos com movimentações declaradas subiu em relação ao primeiro mês de 2023. Em fevereiro, foram 49.994, um crescimento de 3,3% em relação aos 48.373 de janeiro. Apesar da alta, o número segue distante do recorde histórico atingido em dezembro de 2022, de 65.385.
Outra queda reportada pela Receita Federal foi a da participação feminina no mercado de criptomoedas, que vinha crescendo nos últimos meses de 2022. Essa parcela da população foi responsável por 17,48% das operações em fevereiro e 10,67% do total movimentado, contra 25,78% e 17,11%, respectivamente, em janeiro.
Na divisão por tipo de criptoativo, o bitcoin manteve a liderança histórica considerando o número de operações. Foram 1,35 milhões em fevereiro, movimentando um total de R$ 1,006 bilhão. Em janeiro, foram 1,64 milhões de operações, com uma movimentação de R$ 1,01 bilhão.
Já o ether, segunda maior criptomoeda do mercado, teve 485.609 operações, que movimentaram R$ 228 milhões em fevereiro. Em janeiro, foram 615.761 operações, responsáveis por movimentar R$ 256 milhões.
Considerando apenas os valores movimentados, a stablecoin pareada ao dólar tether (USDT) manteve a liderança no mercado. Em fevereiro, foram 148 mil operações, movimentando R$ 12 bilhões, contra 182 mil operações em janeiro e R$ 13 bilhões de volume.
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