O investidor e entusiasta brasileiro de Bitcoin (BTC) e criptomoedas, Fernando Motolese, está buscando transformar a badalada praia de Jericoacara, no Ceará, com suas dunas de areia e lagoas paradisíacas, no paraíso do BTC no Brasil.
O projeto, chamado de "Bitcoin Beach",tem como inspiração um movimento semelhante que deu o start para a adoção do Bitcoin como moeda legal em El Salvador.
No país da América Central, entusiastas de BTC começaram a promover a criptomoeda na praia de El Zonte e, depois disso, o movimento ganhou força e acabou atraindo a atenção das autoridades.
Com o crescimento do movimento e a adesão de diversas personalidades, o presidente do país, Nayib Bukele, acabou decretando o BTC uma moeda de curso legal no país, ao lado do dólar americano.
“Como dizem no Ceará, Bitcoin #VaiDarCerto”, afirmou o investidor brasileiro no Twitter.
Em busca de tornar a praia de Jericoacara como o paraíso do Bitcoin no Brasil, Motolese está conversando com os estabelecimentos da cidade para que eles comecem a aceitar BTC e, para isso, ele conta com o apoio de Lucas Ferreira, evangelista da Lightning Labs.
Segundo Ferreira, o movimento já conseguiu a adesão de 48 iniciativas comerciais, entre estabelecimentos e serviços, passassem a aceitar Bitcoin por meio de uma integração com wallets vinculadas com a Lightning Network (LN).
O BitcoinBeachBR também fica responsável pelo nó da LN necessário para rodar as transações e que foi instalado com ajuda do canal brasileiro Bitcoinheiros. Além disso, o nó do BitcoinBeachBR já está conectado ao nó do Bitcoinheiros.
“Nossa esperança é que o Brasil siga os passos de El Salvador para adotar o Bitcoin como moeda legal”, destaca o BitcoinBeachBR.
No entanto, esta não é a primeira vez que investidores de criptomoedas buscam incentivar a adoção do Bitcoin em lugares paradisíacos no Brasil.
Em 2019 o P2P de BTC, Thiago Guimarães tentou criar a primeira cripto ilha brasileira em parceria com a empresa PundiX. O projeto envolvia a Ilha da Glória, que tem cerca de 3 mil habitantes, e buscava que todos os estabelecimentos aceitassem Bitcoin e criptomoedas. Além do p2p, o projeto foi executado por Ana Élle.
“Ana e eu temos amigos em comum no mundo dos criptoativos. Um dia, conversando sobre projetos futuros, ela comentou comigo sobre a ideia de transformar uma ilha aqui no RJ na Crypto Island. Como ela já morou lá, fez algumas reuniões com associação de moradores e a ideia foi bem aceita”, explicou Guimarães na época.
Recentemente entusiastas de criptomoedas começaram um projeto no município de São Thomé das Letras, em Minas Gerais, buscando fazer da cidade o paraíso da criptomoeda Dash no Brasil com mais de 20 estabelecimentos já aceitando o criptoativos como pagamento.
A aceitação da Dash na cidade tem uma proposta mais ampla que apenas um meio de pagamento e pretende criar o primeiro cripto-roteiro do Brasil, segundos os idealizadores da iniciativa Lucas Leiva, que é vendedor p2p de criptomoedas e Dash P2P e Rao Caiuá, músico e produtor audiovisual, ambos também prestam serviços na cidade e aceitam Dash.
A proposta de Leiva e Caiuá chamou a atenção do Dash Core Group, responsável pelo desenvolvimento global da Dash, que resolveu apoiar a iniciativa que agora também conta com apoio do Centro de Referência da Assistência Social, CRAS, da cidade.
Segundo revelaram os idealizadores, a integração de pagamentos com Dashnos estabelecimentos do município foi pensada como uma alternativa econômica e financeira para atrair um novo turismo para cidade, já que as criptomoedas estão ganhando cada vez mais popularidade.
Para tornar São Thomé das Letras o primeiro cripto roteiro turístico do país, os idealizadores da proposta já criaram perfis nas redes sociais e agora estão desenvolvendo um landpage com um mapa com todos os pontos turísticos integrados com Dash.