Brasil prepara lançamento da sua própria criptomoeda: Banco Central marca data para anúncio

Por 07/03/2023
07/03/2023


As diretrizes do Piloto do Real Digital, bem como a blockchain que será usada pela instituição na CBDC nacional, e uma revisão das diretrizes gerais da iniciativa serão apresentadas no dia 6 de março de 2023, em Brasília.

Segundo informou o BC, participarão do lançamento o coordenador da iniciativa do Real Digital, Fabio Araujo, o chefe do Departamento de Informática do Banco Central, Haroldo Jayme Cruz, o chefe-adjunto do Departamento de Operações do Mercado Aberto, Marcus Antônio Sucupira e o Coordenador-Geral de Operações da Dívida Pública da Secretaria do Tesouro Nacional, Luis Felipe Vital Nunes Pereira.

Durante o  lançamento, o BC também ira revelar a nova fase do Real Digital, no qual empresas serão convidadas a colaborar com o regulador para realizar testes de segurança e privacidade com a nova CBDC.

Fabio Araujo destacou que o BC não vai desenvolver uma blockchain própria para o Real Digital, mas que irá usar um dos sistemas em blockchain atualmente disponíveis e disse que ele pode ser tanto público como Ethereum como privado, tal qual o Hyperledger.

No entanto, embora não tenha revelado qual blockchain será usado, o coordenador do Real Digital afirmou que a inspiração para o desenvolvimento da CBDC nacional foi o Ethereum e o sistema de finanças descentralizadas (DeFi) habilitado em sua blockchain.

Stablecoins e Real Digital?

O chefe do desenvolvimento da CBDC junto ao Banco Central afirmou também que o Real Digital não tem como foco o uso da população nacional, já que ela será uma CBDC de atacado.

Neste sistema a população poderá usar o Real Digital via stablecoins emitidas por bancos, via depósitos tokenizados.

Basicamente isso significa que o banco pode pegar os Reais que tem em sua conta, enviar ao BC. Por usa vez, o BC, com este dinheiro em caixa, emite a quantidade correspondente de Real Digital, que permanece segregado junto ao BC e, com isso, o contrato inteligente permite ao banco emitir a quantidade correspondente de stablecoin.

Segundo o BC, esse arranjo permite aos bancos criem contratos inteligentes com diversas aplicações e, por outro lado, garante a eficiência de todo o sistema. Além disso, o BC defende que o Pix já é uma moeda digital e cumpre as funções de pagamentos digitais junto à população.

Fonte: criptofacil

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