Bitcoin e principais criptos caem no aguardo por decisão monetária do Fed

Por 25/07/2023
25/07/2023


As criptomoedas iniciam esta segunda-feira, 24, movimentando US$ 34,1 bilhões, 52% a mais que o dia anterior. No final de semana, o bitcoin e as principais criptos negociaram em queda. Os investidores aguardam por decisões do Federal Reserve, o banco central dos EUA, em relação à política monetária do país que pode afetar os ativos de risco como as criptomoedas e ações.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 29.110, com queda de 2,66% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinMarketCap. A principal criptomoeda, que vem devolvendo os ganhos causados pelo otimismo em relação ao ETF da BlackRock nas últimas semanas, ainda acumula alta de mais de 75% desde o início de 2023.

A reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) marcada para a próxima quarta-feira para definir a taxa de juros dos Estados Unidos faz com que investidores aguardem para determinar seus próximos movimentos. A expectativa da CME é de um novo aumento de 0,25%.

“O mercado volta sua atenção para o processo de ajuste monetário nos EUA. Como a ata dessa reunião já é quase um consenso, os investidores deverão estar mais atentos ao discurso de Powell, em busca de pistas sobre a próxima reunião do FOMC”, disse Thiago Rigo, analista da Titanium Asset Management.

“A reunião dessa semana é importante pois pode definir se o Fed optará por mais aumentos, mais uma pausa ou pelo fim do processo de ajuste monetário na taxa de juros. E mercado ficará atento devido as implicações que os juros maiores têm na liquidez”, acrescentou.

Criptomoedas 
Além de bitcoin e ether, outras criptomoedas entre as 20 maiores do mundo em valor de mercado também apresentam queda. Entre elas, estão XRP, que disparou mais de 80% após uma decisão judicial favorável nos EUA, mas que agora devolve parte dos ganhos, e as criptomoedas mencionadas em outros processos da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC):

XRP: – 6,32%
Cardano: – 3%
Solana: – 5%
Polygon: – 3,5%
Polkadot: – 4,1%

“Nos próximos dias, haverá ainda a leitura do PIB, que deve mostrar como o produto e a atividade da economia americana ficaram nesse segundo trimestre de juros cada vez mais altos. Sairá também o índice de preços PCE, que é o indicador preferido do Fed para analisar o avanço da inflação no país”, concluiu Thiago Rigo.


COMENTÁRIOS