Bitcoin é ativo mais rentável de fevereiro, ultrapassando o ouro e o dólar

Por 05/03/2022
05/03/2022


Após um início de ano acidentado, em que operou em baixa em forte correlação com o mercado de ações, o bitcoin voltou a se descolar de todas as outras classes de ativos nos últimos dias de fevereiro logo após a invasão da Rússia à Ucrânia, registrando ganhos mensais em reais acima de 8%, e tornou-se o investimento de maior rentabilidade mensal para o investidor brasileiro.

A maior criptomoeda do mercado interrompeu uma série de três fechamentos mensais no vermelho e terminou fevereiro cotada a R$ 222.638, de acordo com dados do CoinGecko. Mesmo com a valorização do real frente ao dólar verificada no mesmo período, o bitcoin voltou a ser a melhor opção de investimento para o investidor brasileiro quando comparado a outras classes de ativos.

O ouro, com quem o bitcoin disputa o posto de principal ativo de proteção e de reserva de valor, ficou na segunda posição, com uma valorização de 1,5%. Supostamente, ambos teriam se beneficiado da turbulência geopolítica global motivada pela invasão da Rússia à Ucrânia.

No entanto, em um primeiro momento, o bitcoin amargou perdas severas enquanto o ouro atingia sua maior cotação desde junho do ano passado. A relação se inverteu à medida que as potências ocidentais anunciaram sanções econômicas severas à Rússia e as criptomoedas passaram a ser amplamente utilizadas para fortalecer a resistência do exército e do povo ucraniano .

À medida que a utilidade de uma moeda descentralizada e à prova de censura se tornava evidente para parte da população global, o bitcoin e as criptomoedas voltaram a se descolar do mercado de ações, alcançando uma valorização imprevista pela maioria dos analistas. Muitos entendiam que os desdobramentos macroeconômicos do conflito tenderiam a ser prejudiciais ao bitcoin.

Enquanto a disputa continua no campo de batalha que se tornou o território ucraniano, a guerra de narrativas segue em jogo no campo midiático, mas por enquanto o bitcoin mostra-se bastante resiliente. Resta ver como ele vai responder ao iminente aumento da taxa de juros pelo Banco Central dos EUA (Fed), e ao cerco regulatório que ganhou um novo impulso momentâneo motivado pelos temores das potências ocidentais de que a Rússia possa contornar as sanções impostas pelo Ocidente se valendo das criptomoedas.

Fonte: cointelegraph

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