O PostFinance, um banco estatal da Suíça que é um dos maiores do país, anunciou na última terça-feira, 5, uma parceria que vai permitir o oferecimento de compra de criptomoedas para os clientes. O serviço surgiu de uma parceria com o Sygnum, banco especializado em ativos digitais.
Em um comunicado, o Sygnum informou que a parceria permitirá o uso da sua plataforma pelos clientes do PostFinance, o que levará ao lançamento de produtos e serviços ligados a ativos digitais, incluindo a compra, venda e custódia de criptomoedas, incluindo o bitcoin e o ether.
De acordo com o Sygnum, a parceria para o oferecimento do novo serviço foi discutida porque o PostFinance "analisou as necessidades de investimento de seus clientes e descobriu uma forte demanda por serviços de investimento digital".
"A plataforma bancária B2B totalmente regulamentada do Sygnum permite que o PostFinance forneça acesso flexível e eficiente a uma variedade de criptomoedas, além de introduzir novos serviços geradores de receita continuamente, como staking', destacou o comunicado.
Philipp Merkt, diretor de investimentos do PostFinance, ressaltou no comunicado que "os ativos digitais tornaram-se parte integrante do mundo financeiro, e nossos clientes desejam ter acesso a esse mercado no PostFinance, seu banco principal de confiança".
O Sygnum é considerando um dos primeiros bancos especializados em ativos digitais do mundo, e além disso é um dos poucos que possui uma licença regulatória de operação na área, emitida na Suíça. Atualmente, ele oferecer serviços de negociação de criptomoedas e outros ativos digitais.
O interesse de investidores institucionais em criptomoedas voltou a subir nos últimos meses devido ao novo movimento de alta desses ativos. Especialistas apontam que essa valorização está ligada à mudança de perspectiva do mercado quanto ao ciclo de alta de juros nos Estados Unidos.
Os investidores passaram a projetar uma postura mais branda do Federal Reserve — reforçada após as recentes falências bancárias —, com altas menores e possíveis cortes já no segundo semestre. O cenário favorece ativos considerados mais arriscados, caso das criptos, já que torna a renda fixa americana menos atrativa e reduz temores sobre uma possível recessão na maior economia do mundo.
Além disso, outros analistas apontam mais motivos que podem estar ajudando o mercado cripto. No caso do bitcoin, eles argumentam que a crise no sistema bancário reforça a tese da criptomoeda, que surgiu como uma alternativa descentralizada no sistema financeiro, e por isso está atraindo investidores, fortalecendo a ideia de que o bitcoin seria um "ouro digital".
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