Na terça-feira, 26, o Nubank anunciou o marco de 1 milhão de clientes para o seu serviço recém-lançado de compra e venda de criptomoedas no Brasil. O número foi atingido em menos de três semanas após a disponibilização para toda a sua base de usuários, que ocorreu no fim de junho. Além do Nubank, outras empresas como 99Pay, Mercado Pago e BTG Pactual já atuam no setor.
“Essa extraordinária conquista de 1 milhão de clientes no mundo cripto em tão pouco tempo mostra que estamos no caminho certo, bem posicionados e em linha com nosso propósito de democratizar as criptomoedas e proporcionar ao cliente acesso a novas oportunidades financeiras”, comentou Thomaz Fortes, líder da área de cripto do Nubank.
Dentro da plataforma já conhecida dos usuários do app “roxinho”, é possível investir valores a partir de R$ 1 em bitcoin e ether, as duas principais criptomoedas do mercado. Tudo é possibilitado graças a uma parceria da fintech com a Paxos, empresa especializada em infraestrutura de blockchain, que atua como provedora de liquidez e realiza a custódia das criptomoedas.
A notícia colabora para a narrativa de que as criptomoedas vieram para ficar e serão cada vez mais adotadas pelo público brasileiro. Além do Nubank, empresas como 99Pay e Mercado Pago também decidiram entrar para este mercado no último ano.
Na 99Pay, braço no estilo fintech da empresa que se consolidou pelo aplicativo de caronas, é possível investir em bitcoin, ether, SOL, MANA e USDC a partir de R$ 10. A intenção foi utilizar a “capilaridade da 99Pay para quebrar barreiras”, afirmou o head de criptoativos da empresa, César Trevisan, em entrevista.
A empresa divulgou dados internos recentes que apontam que mais de 60% dos usuários que possuem criptoativos na carteira digital da 99Pay fizeram seu primeiro investimento com a empresa. No primeiro semestre de 2022, o crescimento no volume de negociação de bitcoin foi de 68% na 99Pay.
De acordo com Trevisan, “o investimento em cripto tem sido feito por millennials [pessoas nascidas entre 1980 e meados dos anos 1990] que possuem mais intimidade com o ambiente digital”, mas a intenção da empresa é mudar esse cenário, a começar pela redução do investimento mínimo de R$ 10 para R$ 1, que terá início em agosto.
Já o Mercado Pago disponibiliza a compra e venda de criptomoedas desde o final de 2021. Na plataforma, que também realiza o serviço em parceria com a Paxos, é possível investir em bitcoin, ether e Pax Dollar. A última é a criptomoeda estável de valor atrelado ao dólar da empresa especializada em tecnologia blockchain.
Segundo Ignacio Estivariz, diretor sênior de contas digitais do Mercado Pago, a empresa já atingiu o marco de 1 milhão de usuários em fevereiro, e acredita que “esse universo pode ser uma ferramenta de desenvolvimento financeiro para os brasileiros”.
No setor bancário, o BTG Pactual foi um dos primeiros a entrar para o mundo da tecnologia blockchain. Estudando a possibilidade desde 2017, o banco de investimentos lançou em 2019 o ReitBZ, o primeiro token do mundo a distribuir dividendos de imóveis. Lastreado em ativos imobiliários da instituição, o ReitBZ já pagou dividendos aos seus investidores em diversas rodadas de distribuição de lucros.
Além disso, o banco faz a distribuição de praticamente todos os ETFs com exposição às criptomoedas e possui três fundos de investimento próprios para exposição ao bitcoin e ether. São eles: BTG Pactual Bitcoin 20 FIC FIM IE, BTG Pactual Bitcoin 100 FIC END IE e o BTG Pactual Reference Ethereum 20 FIM.
Agora, o BTG Pactual intensifica a sua participação no mercado de criptomoedas com o lançamento da Mynt, uma plataforma dedicada para a compra e venda de ativos digitais desenvolvida dentro do próprio banco.
“Depois de alguns anos atuando na área, optamos por criar a nossa própria plataforma para a compra e venda de criptomoedas. A Mynt é a confirmação que buscávamos lá no início, em 2017, quando decidimos entender qual era o sinal por baixo do ruído. Disso saiu o ReitBZ em 2019 e os fundos de investimento em bitcoin e ether”, revelou André Portilho, head de Digital Assets do BTG Pactual, em entrevista à EXAME.
O executivo ainda explicou os motivos por trás da decisão que levou o maior banco de investimentos da América Latina a desenvolver a plataforma. “Com uma plataforma exclusiva, podemos oferecer muito além de um produto, mas uma experiência com atendimento exclusivo e iniciativas educacionais que vão ajudar o investidor a entender como funciona este mercado”.
Pedro Frazão, product manager da Mynt, explicou o funcionamento da plataforma na prática, e como a decisão de criá-la internamente pode impactar o usuário. Para ele, um destaque é a segurança e a proteção de dados. “A Mynt se propõe a entregar uma solução in-house onde não precisa compartilhar dados com empresas terceiras bem como permitirá que os clientes tragam suas criptomoedas de outra plataforma em segurança”.
“O BTG buscará, com a Mynt, entregar uma experiência em que cripto é protagonista”, declarou Pedro.
Fonte: exame
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