Uma pesquisa divulgada pela Sherlock Communications nesta quinta-feira, 24, revelou que 80% dos brasileiros entrevistados acreditam que a tecnologia blockchain vai impactar alguma área de sua vida nos próximos anos. Além disso, o levantamento traçou um panorama do mercado de criptomoedas no país.
Questionados sobre o grau de modernização do país nessa área, os brasileiros tiveram a maior confiança entre os países latino-americanos: em 2020, 37% achavam que o Brasil estava atrasado, e hoje são 27%. Ainda de acordo com o levantamento, 36% dos brasileiros entrevistados consideram as criptomoedas uma forma segura de investimento.
A pesquisa revelou ainda a importância da regulamentação do setor. Para 35% dos entrevistados brasileiros, as chances de investir aumentariam caso o setor fosse devidamente regulado, e 18% afirmam que estão aguardando uma regulação. O Brasil já aprovou o Marco Legal das Criptomoedas, mas boa parte da regulamentação depende agora das definições do Banco Central.
Para 32% dos brasileiros, o investimento em criptomoedas surgiu como uma forma de proteção em relação à instabilidade financeira. Já a complementação de renda é o motivo mais citado, por 42% dos entrevistados. Além disso, 30% citam uma falta de recursos financeiros como barreira para entrar no setor.
Atualmente, 14% dos brasileiros entrevistados afirmam ter algum tipo de investimento em criptomoedas, mas 25% acreditam que elas deverão ter um "uso generalizado" em um "futuro próximo".
Luiz Hadad, pesquisador-líder de blockchain da Sherlock Communications, avaliou que as respostas foram influenciadas por eventos recentes no mercado, em especial o atual cenário de baixa e uma forte pressão regulatória ao redor do mundo, colocando a questão da segurança como central para o setor.
Já Patrick O'Neill, sócio-gerente da empresa, pontua que os dados mostram que as taxas de adesão a criptomoedas "continuaram a aumentar, embora em um ritmo mais lento. Os governos e as instituições estão começando a acompanhar a tecnologia, e países como o Brasil e El Salvador estão criando regulamentações amigáveis para o ecossistema de criptomoedas, cada um deles com seus próprios termos".
"A América Latina é, sem dúvida, uma formadora de tendências na adoção de tecnologias Web3, e algumas das startups e projetos de blockchain mais inovadores dos últimos anos vieram da região. A América Latina deve continuar a evoluir e se tornar um centro cada vez mais atraente para o mercado de criptomoedas, tanto para investidores quanto para consumidores", destacou.
Fonte: exame
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