5 motivos para as criptomoedas subirem ainda em 2022

Por 21/04/2022
21/04/2022


Os altos e baixos do mercado de criptomoedas vêm assustando alguns investidores, especialmente os de primeira viagem no mundo dos ativos digitais.

Para se ter uma ideia, o Bitcoin (BTC), representante mais importante do segmento de ativos digitais, chegou a ser cotado por mais de US$ 64 mil em novembro de 2021, seu recorde histórico, para depois valer US$ 35 mil em janeiro. Agora, em 14 de abril, ensaia uma recuperação e está na casa dos US$ 40 mil.

Contudo, quem olha para a valorização no médio prazo percebe que, nos últimos cinco anos, o Bitcoin mudou de patamar, resultado da maior confiança dos investidores em seus propósitos de descentralizar e trazer maior liberdade à economia global. Para se ter uma ideia, o BTC era negociado, em abril de 2017, por cerca de US$ 1.200, valor mais de 30 vezes inferior ao de hoje.

Mas e agora, quais as perspectivas do cenário atual? As criptomoedas estão “derrapando” ou tudo é uma conjuntura de mercado?

A transição da economia tradicional para a digital já vinha acontecendo. Recentes eventos, como a pandemia e a guerra na Ucrânia, acabaram escancarando problemas do sistema atual e podem beneficiar as criptomoedas.

Inclusive, após a turbulência atual, as criptos devem se consolidar cada vez mais na vida cotidiana e, com isso, ganharem valor.

Para ilustrar um pouco desse raciocínio, nós separamos 5 razões que podem fazer as criptomoedas explodirem de valor ainda em 2022. Confira:

1 – Inflação

A alta de preços é uma realidade em todo o mundo. Se no Brasil, onde já é uma ingrata companhia há décadas, ela está acima dos 2 dígitos, na Europa e nos EUA, onde ela era quase que uma “lenda”, a inflação também assusta.

Há diversos motivos para a alta generalizada de preços. Mas um deles, muito conhecido, é a emissão excessiva de moeda por parte dos governos.

Para cobrir os rombos deixados pela pandemia e assistir à população, os bancos centrais foram obrigados a expandir muito sua base monetária e isso tem desvalorizado moedas mundo afora.

Os EUA, por exemplo, emitiram 80% de todos os dólares de sua história apenas em dois anos.

Na prática, isso funciona como um imposto “oculto”. Ao emitir mais dinheiro sem um crescimento da economia que acompanhe esse volume, o valor dele diminui.

As criptomoedas, por possuírem políticas restritas de emissão, que não estão submetidas ao interesse de políticos e governos, estão menos sujeitas a essa perda de valor. Algumas, como o Bitcoin, reduzem sua emissão ao longo dos anos, o que tende a valorizar o ativo.

Por conta disso, pode crescer muito o uso das criptos como reserva de valor, conforme a população perceba a armadilha que é ter o patrimônio alocado em moeda nacional.

Exemplo disso é a alta adesão às criptomoedas em países com inflação acelerada, como Argentina e Venezuela.

2 - Falta de confiança no sistema financeiro e no padrão-dólar

Há muitas décadas o dólar é o principal ativo do sistema financeiro tradicional e é considerado referência para todo tipo de transação. Mas tanto a pandemia como a guerra na Ucrânia trouxeram questionamento a respeito desse papel.

Em primeiro lugar, a Covid-19 e sua consequente inflação balançaram a solidez do dólar como reserva de valor.

Por outro lado, a guerra escancarou um conflito de interesses na geopolítica global: depender do dólar significa estar na mão de seu emissor, os Estados Unidos.

A Rússia, por exemplo (aqui não estamos emitindo nenhum tipo de opinião sobre a guerra, apenas fatos econômicos), teve boa parte de suas reservas congeladas, por estarem em dólares e em bancos americanos. Ou seja, ela não pôde usá-las na hora que precisou.

Além disso, ela foi suspensa do sistema Swift, que coordena as informações de pagamento internacional. Por outro lado, sanções ameaçam quem fizer negócios com os russos.

Isso poderia levar grandes potências, como a Rússia e sua aliada China, a desenvolverem maneiras de não depender do controle americano sobre a economia global. Para isso, seria necessário um ativo que não é controlado por nenhum governo e que pode ser facilmente transacionado ao redor do mundo. Você já ouviu falar de algo parecido?

Isso sem falar nos ucranianos que, após o travamento das movimentações financeiras, foram obrigados a recorrer ao Bitcoin na hora de emergência. Afinal, ele é realmente do investidor e não fica na posse de um banco, por exemplo.

3 - Perspectiva de regulação em grandes mercados, como os EUA

O presidente americano Joe Biden assinou recentemente um decreto sobre a regulação das criptomoedas. O país tem se mostrado bastante aberto às criptomoedas, o que é bastante positivo para o mercado, afinal, estamos tratando da maior economia do planeta.

Qualquer crescimento saudável precisa passar por uma regulação dos órgãos competentes. Além disso, a maior clareza quanto ao futuro da regulamentação atrai “peixes” maiores para o mercado de ativos digitais.

4 - Entrada de investidores institucionais

Segundo uma pesquisa da Fidelity, uma das maiores gestoras de fundos do mundo, 70% dos investidores institucionais pretendem fazer investimentos em criptomoedas em um futuro próximo.

Em outras palavras, isso significa que bilhões de dólares podem estar prestes a ser despejados no mercado.

Se levarmos em conta que o Bitcoin, maior criptomoeda do mundo, tem uma oferta limitada de 21 milhões de unidades, esses aportes podem jogar o preço nas alturas.

5 - Ampliação do uso de criptomoedas

Mais do que uma reserva de valor, o Bitcoin foi desenvolvido para ser, de fato, um meio de troca entre as pessoas. A tendência é a de que esse uso seja cada vez mais ampliado.

Afinal, já temos um país, El Salvador, que tem o BTC como moeda oficial. E grandes empresas mundo afora já começam a adotar o pagamento em criptomoedas como uma possibilidade, como é o caso de Carrefour, McDonald’s e Google.

Fonte: exame.com

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