A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), organização social vinculada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações que integra instituições de ensino e pesquisa de todo o Brasil, anunciou que aderiu à Rede Blockchain Brasil (RBB), lançada no último dia 30 de maio em Brasília pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU), que encabeçam o projeto.
A instituição do governo federal revelou que possui em seu portfólio, em parceria com o Ministério da Educação e Cultura (MEC), uma solução baseada na utilização da tecnologia disruptiva, que é a criação do diploma digital. Um serviço público dentro da RBB que permitirá a geração, autenticação e preservação de diplomas acadêmicos. Além disso, a RNP deve lançar mão da Rede Blockchain Brasil em outras ações nas áreas de pesquisa e educação.
De acordo com o diretor adjunto de e-Ciência e Ciberinfraestrutura, Leandro Ciuffo, a adesão da RNP também contribui para aumentar a confiabilidade da rede, uma vez que, segundo ele, toda a solução de interesse público que utilizar a RBB terá seus dados distribuídos nos recursos computacionais dos participantes do projeto, com função de validação e descentralização e integridade da informação.
Ciuffo se referiu à Proof-of-authority (PoA), prova de autoridade, cujas transações passam pela validação de entidades públicas e privadas que estiverem integradas à rede. O que serve como base para a RBB, uma rede de camada 1 que prevê a criação de aplicações descentralizadas por parte de entidades autorizadas, previstas para acontecerem em 2023.
“É importante ter uma diversidade de instituições. Quanto mais diversificadas as instituições participantes, melhor, menor a concentração de poder. A participação da RNP, além de contribuir com as discussões no universo da pesquisa e ensino e ser uma porta de entrada para aplicações desenvolvidas por universidades e centros de pesquisa, também soma nesse objetivo de descentralização”, disse o representante da RNP.
A próxima fase da Rede Blockchain Brasil é a definição dos regulamentos de governança da rede, o que deverá acontecer nos próximos meses. Em seguida, a RBB começará um processo de pré-produção até ser disponibilizada nos serviços públicos das instituições que aderirem à rede, prevista para 2023.
Em seu pronunciamento durante o lançamento da rede, o ministro do TCU, Aroldo Cedraz, sugeriu que os integrantes da RBB avancem os estudos para a emissão descentralizada de identidades digitais em formato de tokens não fungíveis (NFTs), que sejam compatíveis com o metaverso e a web3.
Fonte: exame
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