Após um ano de sucessivos recordes de preços, o bitcoin (BTC) deve fechar este mês de maio como o pior dos últimos dez anos. A criptomoeda chegou a atingir o topo de quase US$ 65 mil em meados de abril, mas as últimas semanas têm sido muito negativas para o desempenho do principal ativo digital do mercado, que nesta segunda-feira (31) é negociado por volta dos US$ 35 mil.
A criptomoeda já acumula cerca de 38% de desvalorização nos últimos 31 dias, perdendo apenas para setembro de 2011, quando o bitcoin despencou 40%, de acordo com o índice CoinDesk. Em seu pior momento, o ativo digital encostou nos US$ 30 mil, praticamente o preço em que abriu o ano de 2021, logo após o início do mais recente boom das moedas digitais.
Com isso, o valor de mercado do bitcoin, que chegou ao surpreendente número de US$ 1,2 trilhão em seu auge, hoje gira em torno de US$ 650 bilhões, de acordo com dados do CoinMarketCap. A dominância da criptomoeda também caiu muito nesse período de baixa. O ativo digital representava quase 70% de toda a capitalização do setor no início do ano, enquanto agora esse percentual caiu para cerca de 40%, dando espaço para o crescimento de outras moedas, como o ether (ETH) e dogecoin (DOGE).
O clima entre os investidores ficou tenso após a Tesla anunciar que suspendeu os pagamentos com bitcoin por seus carros elétricos. Elon Musk, o CEO da empresa e um grande influenciador dos preços das criptomoedas, também indicou que sua companhia poderia vender sua fortuna bilionária no ativo digital.
O mercado, já inquieto e repleto de desconfiança sobre o bitcoin, entrou em um estado caótico após o Banco Popular da China impor novas proibições sobre as criptomoedas. O governo chinês anunciou que instituições financeiras estão proibidas de realizar transações com ativos digitais e de oferecer serviços correlatos.
O duro movimento regulatório em conjunto com a crescente perda de confiança nas criptomoedas intensificaram as vendas de bitcoin, ether e outros ativos, causando a mais significativa retração do setor neste ano. Desde então, a recuperação ainda parece um sonho distante e os preços dos principais tokens estão estagnados.
De acordo com a empresa de análise de blockchain Glassnode, a queda de preços foi causada principalmente pelo pânico causado pelas vendas de novos investidores que compraram moedas durante o período de alta do primeiro trimestre. Enquanto isso, os detentores e instituições vinham comprando durante as quedas em um sinal de confiança nas perspectivas de preço de longo prazo da criptomoeda, previsões que agora também foram abaladas, incentivando a estagnação.
O volume de bitcoin mantido pelas chamadas baleias (whales), endereços de carteiras digitais que pertencem a uma única entidade com grandes quantidades de criptomoedas armazenadas, subiu em média 25.000 BTC, atingindo as atuais 4 milhões de moedas paradas desde o dia 19 de maio.
Enquanto as baleias seguram seus ativos e os novos investidores, principalmente do varejo, desesperadamente vendem suas criptomoedas com medo de perder seu patrimônio, existem os mineradores que criam novas unidades. Eles também são responsáveis pela atual estagnação, uma vez que não há vantagem em vender seus ganhos durante esse período de baixa em todo o mercado cripto.
Fonte: Tecnoblog
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