O Irã está negociando com oito países a realização de transações financeiras com criptomoedas, informou o jornal local Tehran Times nesta segunda-feira, 28 de janeiro.
Segundo o artigo, o Irã já está em negociações com Suíça, África do Sul, França, Reino Unido, Rússia, Áustria, Alemanha e Bósnia, entre outros países que teriam visitado o país para discutir o assunto.
Não ficou claro se a notícia diz respeito à criptomoeda nacional que o Irã deve em breve lançar. No entanto, o artigo observa que as conversas sobre transações de criptomoedas foram realizadas para contornar as sanções em curso dos Estados Unidos contra o país, o que coincide com o principal objetivo declarado da moeda iraniana.
Em novembro de 2018, o presidente dos EUA, Donald Trump, restaurou todas as sanções iranianas que haviam sido flexibilizadas em 2015, com o objetivo final de reduzir o uso de petróleo iraniano pelos EUA.
O governo dos EUA alertou sobre severas penalidades para as empresas que burlassem as sanções impostas: em um exemplo recente, o principal executivo da Huawei foi preso no Canadá a pedido dos promotores norte-americanos que o acusaram de violar as sanções do Irã.
O Irã poderá apresentar sua criptomoeda oficial na conferência de Sistemas Eletrônicos de Bancos e Pagamentos em Teerã, que acontece no início de fevereiro. Uma moeda digital emitida pelo Banco Central - atrelada à moeda nacional para servir de alternativa ao SWIFT, sistema global de liquidações financeiras que alguns bancos iranianos não podem acessar.
O Irã não é o único país que vê nas criptomoedas um meio eficaz de contornar sanções. A Venezuela desenvolveu uma moeda nacional apoiada pelo petróleo, a Petro, para reativar sua economia em dificuldades e evitar as restrições impostas pelos EUA e pela UE. No entanto, o experimento não foi bem sucedido.
Ao mesmo tempo, a Rússia está considerando o lançamento de uma moeda digital com o apoio da União Econômica da Eurásia (EAEU) junto com Bielorrússia, Cazaquistão, Armênia e Quirguistão.
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Fonte: cointelegraph