Aprovada ano passado no âmbito do Sandbox Regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a BEE4, uma plataforma que funciona como uma espécie de bolsa de valores em blockchain, já acumulou cerca de R$ 2 milhões em tokens de ações de pequenas e médias empresas ao longo de seu primeiro ano de operações.
Nesse período, A “B3 em blockchain” emitiu mais de 110 mil tokens de valores mobiliários. O que torna possível o aporte de investidores em empresas com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 300 milhões, como a Mais Mu e a Engravida, respectivamente dos ramos de alimentação e de reprodução humana, já listadas na BEEF4.
Segundo a CEO da startup, Patrícia Stille, “quando surgiu a ideia de criar a BEE4, estudamos vários modelos no exterior. Desde mercados de acesso como a AIM da London Stock Exchange no Reino Unido e a TSX Ventures da Toronto Stock Exchange no Canadá, até iniciativas de tokenização operando em mercado regulado, como a SDX da SIX Swiss Exchange, a bolsa na Suíça”, as três principais inspirações da empresa.
Ela disse ainda que “foi a partir dessa análise que decidimos tropicalizar a figura do nominated advisor da London Stock Exchange e trouxemos o papel do Consultor de Listagem para o Brasil, um advisor que tem o papel de suportar as empresas emissoras em todo processo de listagem.”
“Nosso foco hoje, e dos anos que estão por vir, é a construção de um ecossistema robusto para impulsionar o desenvolvimento do mercado de acesso brasileiro, atraindo cada vez mais participantes, aumentando o número de empresas listadas e a liquidez desses ativos tokenizados”, acrescentou.
A BEE4, que já realizou 50 pregões desde o começo de suas operações e que possui parcerias com a Oliveira Trust e a Genial Investimentos, informou ainda que pretende listar até dezembro desse ano tokens de ações da Plamev Pet, de planos de saúde e assistência para pets, e a empresa de soluções energéticas para empresas Eletron Energia.
O conselho da BEEF4 conta com Carlos Ratto, ex-CEO da Vórtx QR Tokenizadora e integrante do Sandbox Regulatório da CVM, Caio Azevedo, ex-CEO da XP US, e Marcelo Deschamps, ex-Banco Central e B3.
Há alguns dias, a CVM também autorizou a PeerBr, empresa focada em tokenização do grupo GCB, a operar como crowdfunding, habilitando a empresa a emitir tokens ligados a valores mobiliários.
Fonte: cointelegraph